CRISE OU OPORTUNIDADE?

APRENDA A DESENVOLVER SUA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

É fácil estar alegre e otimista quando tudo vai bem.

Mas…e quando a situação foge ao nosso controle?

Nem sempre as coisas saem da maneira que gostaríamos. Planejamentos são interrompidos, projetos podem não ser postos em prática, viagens são adiadas, eventos cancelados, a economia se transforma e rotina de vida começa a sair completamente do eixo…

Como você reage diante de conjunturas desfavoráveis?

Como enxerga uma época de crise?

Ao contrário do que muitas vezes pensamos, não temos o controle sobre acontecimentos externos. Mas podemos controlar nosso comportamento, as ações que praticamos diante de algo que nos surpreende.

As circunstâncias desafiadoras são um exercício para aumentar e solidificar nossa capacidade de nos reinventarmos.

Qual o aprendizado os momentos difíceis podem nos trazer?

Devemos lembrar que o futuro é construído no momento presente. O que virá daqui para frente depende do modo como lidamos com o “aqui e agora”.

Diante de todo esse contexto, quais as habilidades podemos desenvolver para que essa situação possa proporcionar crescimento pessoal, trazer conhecimento, gerar novas conexões, expandir nossa visão e percepção do mundo a nossa volta?

COMO SE REINVENTAR?

O excesso de informação também pode ser uma armadilha para a angústia e sofrimento.

Olhar o problema sob uma única perspectiva, só faz crescer o pessimismo e negatividade.

Desenvolver habilidades que nos tirem da zona de conforto, proporcionam a visão da situação de um outro ângulo e nos conectem com uma nova realidade, é o que necessitamos aprender nesse momento.

Estamos falando aqui sobre “soft skills”, que não são habilidades “suaves ou leves”, mas sim, aquelas que lidam com a conexão e interação com nós mesmos e com aqueles que nos cercam. Competências baseadas na inteligência emocional, que nos tornam mais hábeis e nos fazem sobressair nas relações interpessoais.

A seguir vamos falar um pouco sobre algumas dessas habilidades.

1.AUTO RESPONSABILIDADE

Entender a autorresponsabilidade é compreender que somos os únicos responsáveis pelos resultados que obtemos, sejam eles positivos ou negativos.

Diante do momento em que estamos vivendo, exercitar a auto responsabilidade é saber controlar ações a atitudes, aprendendo a lidar da melhor maneira com o que nos acontece.

Qual o seu papel diante dessa situação?

Entendo que é minha a responsabilidade de ficar em casa e preservar não só as pessoas que amo, mas também contribuir para que esse vírus não se espalhe ainda mais, compreendendo meu papel na sociedade, diante de uma guerra biológica.

2.EMPATIA

Por definição, empatia pode ser definida como a capacidade que temos de nos colocarmos no lugar do outro. Mas a verdade é que seu significado real vai muito além disso. Ter empatia por alguém é possuir a compreensão de seus sentimentos, desejos, anseios e atitudes. Empatia envolve compaixão.

Tenho exercido minha empatia quando me coloco no lugar do outro, no lugar das pessoas mais idosas, daqueles que estão sob maior risco e evito o contato sem necessidade real.

Demonstro minha empatia quando não estoco alimentos, remédios ou demais itens de primeira necessidade, não permitindo que pessoas que necessitem possam ficar impossibilitadas de adquirir quaisquer destes itens.

3.CRIATIVIDADE

Ser criativo é saber usar a imaginação que temos como habilidade para resolver problemas de maneira inovadora, que não havia sido pensada antes.

Talvez esse seja meu “tempero especial”, pois sem dúvida é um dos pontos em que sempre me destaquei.

No momento atual minha criatividade é fator fundamental para ajustar à casa a rotina de trabalho, filhas, marido, estudo…tudo ao mesmo tempo, em um ambiente que proporcione harmonia e leveza, onde todos possam cooperar uns com os outros.

4.CONEXÃO INTERIOR

As informações muitas vezes nos levam para a zona do pânico. Vibrar na frequência do medo e do pessimismo, não só não resolve o problema, mas pior ainda, faz baixar a imunidade e nos torna vulneráveis.

Procuro buscar o equilíbrio através de práticas diárias de meditação e respiração, para me conectar comigo mesma e estar em meu eixo emocional. Vejo a importância do meu papel em me centrar e procurar tornar o ambiente em que vivo mais tranquilo e sereno.

5.DIÁLOGO

O grande desafio do mundo atual é a comunicação.

Muitas vezes estamos na mesma casa e não conseguimos dialogar. Não conseguimos entender nossos filhos, não conseguimos conversar com nossos parceiros.

A internet e as redes sociais, tão fundamentais em nossas vidas, mais ainda em situações de isolamento, também podem se tornar nossas inimigas se não sabemos como lidar com essas ferramentas.

Talvez esse seja o momento de nos aproximarmos de verdade das pessoas com quem vivemos. Nossas rotinas são tão atribuladas, cada qual com suas atividades, que muitas vezes mal conversamos com as pessoas dentro de nossas próprias casas.

Tenho procurado viver esse momento de confinamento como oportunidade para me aproximar daqueles que mais amo nesse mundo e que sem perceber, muitas vezes me vejo distante.

6.RESILIÊNCIA

Resiliência é a capacidade que temos de nos moldarmos diante das diversas situações, desenvolvendo nossa flexibilidade emocional.

Agir com resiliência significa conseguir superar problemas, pressão, obstáculos, traumas, tragédias e outras fontes significativas de stress, mantendo o equilíbrio psicológico e emocional.

Significa encontrar soluções para lidar com o problema. Alguém é resiliente quando transcende a dor encarando a dificuldade como passageira.

Adaptação é a palavra-chave.

Vejo que tenho desenvolvido minha resiliência na medida em não tento mudar o fato ocorrido, mas sim me posiciono frente a ele de tal forma que seja possível superá-lo.

Entendo que posso desenvolver minha capacidade de lidar com as mudanças e superar obstáculos, com paciência, sem deixar o stress resultar em perda do controle.

7.COOPERAÇÃO

Sabe aquela sensação frequente de que falta tempo para dar conta de todas as atividades de casa e do trabalho? Chegar ao fim do dia com o sentimento de que as horas foram insuficientes e que ainda temos uma infinidade de coisas para fazer?

O ritmo de vida acelerado, o tempo perdido no trânsito e a necessidade de cumprir nossos compromissos próprios e dos filhos são algumas das razões que podem explicar tudo isso.

De repente nos vemos obrigados a parar tudo. Dispensar nossas ajudantes e funcionárias do lar para que também se protejam.

E então percebo que contar com as pessoas da casa para dividir tarefas e responsabilidades pode ajudar a aliviar a sobrecarga e ainda estimular uma melhor convivência, aumentar a proximidade, a empatia e até a descontração.

E você? O que tem feito para se reinventar?

Conte aqui nos comentários como tem sido sua rotina. Compartilhe esse artigo para que possamos juntas reaprender a aprender!

Uma  ótima dica para quem está em casa com as crianças e deseja uma prática descontraída de autoconhecimento é o livro Brincando de mindfulness: 50 exercícios para praticar a atenção plena com crianças.

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